Política

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Saiba quem é: Rose Modesto, candidata ao governo de Mato Grosso do Sul

Conheça o perfil pessoal, histórico profissional, repercussões midiáticas e questões jurídicas da vida de cada concorrente ao cargo de governador

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Rosiane Modesto de Oliveira, conhecida como Rose Modesto, 44 anos, é candidata ao governo do estado de Mato Grosso do Sul pelo União Brasil (unificado dos partidos Democratas e Partido Social Liberal). 

Natural de Fátima do Sul (MS), caçula do casal de agricultores Alcides e Fulgência, formou-se bacharel em História pela Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), após o irmão mais velho, Rinaldo Modesto – candidato a deputado estadual pelo Podemos – ganhar uma casa popular pelo governo de Mato Grosso do Sul em 1984 e mudar-se com a família para a Capital. 

Atuou como professora da rede pública de Campo Grande de 2000 a 2008, até dar início a sua carreira política.

Histórico

Os primeiros passos de Rose Modesto na carreira política foram dados entre 2008 e 2014, quando foi eleita vereadora por dois mandatos em Campo Grande e, posteriormente, vice-governadora durante o mandato de Reinaldo Azambuja no período de 2015 a 2018, ambos pelo PSDB. 

Em 2016, Rose tentou o cargo de prefeita na Capital em, mas foi derrotada no segundo turno por Marquinhos Trad.

Já na primeira experiência eleitoral, em 2008, Rose foi conduzida pelos eleitores para a Câmara de Vereadores. De acordo com informações de seu site oficial, durante seis anos de atuação no legislativo municipal, Rose apresentou 132 Projetos de Lei nas áreas de educação, assistência social e proteção à mulher.

Em 2018, foi eleita deputada federal, sendo a parlamentar mais votada do estado. No ano de 2022, mudou para o partido União Brasil. 

Questões jurídicas 

No período em que era vice-governadora de Mato Grosso do Sul, em 2016, foi investigada dentro da Operação Coffee Break, por ter votado a favor do processo de cassação do mandato de Alcides Bernal, ainda em 2014, quando ele teve a candidatura indeferida para o cargo de deputado federal. 

Segundo o G1, Rose afirmou que "em momento algum meu voto foi condicionado a qualquer tipo de benefício, seja de cargo ou de recurso financeiro" disse a então vice-governadora. Em recente entrevista ao telejornal Balanço da Manhã, da TV MS Record, Modesto fez o seguinte comentário sobre a menção na operação: 

"Todos os vereadores que votaram naquela cassação foram investigados, e a investigação é legítima, qualquer um de nós está sujeito a ser investigado. Agora, eu não fui sequer denunciada, e a investigação sobre meu nome foi arquivada há mais de três anos. Não tem nenhuma preocupação em relação a isso. Eu não respondo, nem nunca respondi por nenhum crime", afirmou. 

Ademais, a candidata não possui registro de outros entraves judiciais. 

Repercussões na mídia

Depois de voto a favor, Rose diz ser contra fundão eleitoral

Em 2021, enquanto deputada federal, Rose Modesto votou a favor da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que previa o aumento do Fundo Eleitoral de 2022 de aproximadamente R$ 2 bilhões para R$ 5,7 bilhões.

No entanto, após seu voto, a parlamentar gravou vídeo dizendo ser contra o aumento. De acordo com reportagem noticiada no Correio do Estado, em declaração nas redes sociais, Rose diz ser totalmente contra o aumento do fundo eleitoral e relembra que, em 2019, votou contra e continuará com o mesmo posicionamento, no entanto justifica seu voto a favor por outras demandas a qual a LDO englobava.

"Votei a favor da aprovação para compra de vacinas contra Covid-19, mais dinheiro para a saúde e incluído previsão de aumento salarial para os agentes de saúde e de endemias".

Diferente do que a parlamentar faz parecer, quando explica que votou a favor do fundão eleitoral por estar refém de outras demandas, a LDO poderia ser aprovada sem o aumento para campanhas políticas.

No fim de sua justificativa, Rose destaca que os parlamentares que votaram contra a LDO votaram contra tudo, dando a entender que estes se negaram a atender outras demandas além do fundo eleitoral.  

Troca de partido

Rose Modesto esteve filiada ao PSDB desde o início de sua carreira política, porém abandonou a legenda. Ao Correio do Estado, afirmou que a sua saída do PSDB se deu por não encontrar apoio dentro da sigla. 

A candidatura de Rose ao governo do Estado pelo União Brasil foi anunciada durante convenção do partido no dia 22 de julho.

Ao Correio do Estado, Rose afirmou, ainda, candidatar-se querendo tornar "Mato Grosso do Sul mais aberto aos negócios, para os empresários e para o agro, que é muito forte, e ter ao mesmo tempo  uma visão importante para a agricultura familiar, valorizar os servidores públicos”. 

Por que explicamos 

O Correio Verifica investiga conteúdos suspeitos sobre eleições em Mato Grosso do Sul que viralizam nas redes sociais. Já o Correio Explica é uma ferramenta utilizada para que os leitores entendam um conteúdo que está viralizando midiaticamente. 

Como estamos a pouco tempo das eleições, apresentaremos o perfil de cada candidato - em sorteio definido por ordem alfabética (segundo nome de candidatura dos concorrentes), informando aos leitores um pouco da vida pessoal e principalmente a carreira política daqueles que concorrem ao governo do Estado, a fim de desfazer boatos, para que a sociedade tenha direito de votar com base em informações verídicas.

O governo de MS é disputado por sete candidatos, maior número desde a criação do Estado, em 11 de outubro de 1977, ano quando teve o território separado do vizinho Mato Grosso.

Além de Rose Modesto (União Brasil), em suas publicações a equipe do Correio Verifica traçará também os perfis: do ex-governador André Puccinelli, do MDB; o ex-prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad, do PSD; a deputada federal Rose Modesto, do União Brasil; o deputado estadual capitão Contar, do PRTB; Adônis Marcos, do PSOL; Giselle Marques, do PT, e Eduardo Riedel PSDB.

Ficha da Candidata:

  • Nome: Rosiane Modesto de Oliveira
  • Vice: Alberto Schlatter (Podemos - PODE)
  • Partido: União Brasil
  • Idade: 44
  • Data de nascimento: 20 de fevereiro de 1978
  • Ocupação: Professora
  • Grau de Instrução: Superior completo
  • Estado Civil: Solteira
  • Município de nascimento: Fátima do Sul (MS)

Saiba mais sobre o Correio Verifica

O Correio Verifica já publicou a explicação do perfil dos candidatos Adonis Marcos e André Puccinelli, Capitão Contar e Eduardo Riedel, Giselle Marques e Marquinhos Trad. O perfil de Rose Modesto é o último a ser publicado.

Entre algumas checagens que já realizamos estão: Pesquisas falsas sobre intenção de voto ao governo de MS circulam no Whatsapp; PSDB-MS não apoia Simone Tebet, ao contrário do que ela afirmou em entrevista ao Jornal Nacional; e agência de Iara Contar não recebeu R$90 milhões em propagandas políticas, ao contrário do que afirma vídeo

 

POLÍTICA

Flávio diz ter 'um preço' para retirar candidatura e que 'anistia' faz parte da negociação

Questionado sobre qual seria o "preço" para eventualmente retirar sua candidatura, sugeriu que está na negociação a pauta da anistia

07/12/2025 15h30

Foto: Reprodução Instagram de Flávio Bolsonaro

Foto: Reprodução Instagram de Flávio Bolsonaro

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O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) admitiu neste domingo, 7, que há a possibilidade de "não ir até o fim" com sua pré-candidatura à Presidência da República e que existe um preço para essa negociação ocorrer ainda esta semana. Em conversa com jornalistas neste domingo, 7, após culto na Comunidade das Nações, em Brasília, o filho "01" do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse esperar que a anistia seja pautada nos próximos dias.

"Tem uma possibilidade de eu não ir até o fim. Eu tenho um preço para isso. Eu vou negociar. Eu tenho um preço para eu ir até o fim. Só que eu só vou falar para vocês amanhã", disse Flávio. "Vamos conversar amanhã com Valdemar (Costa Neto, do PL), com (Antônio, do União) Rueda, com Ciro Nogueira (PP), o Rogério Marinho (PL-RN), que é o nosso líder e vamos fazer o convite também ao Marcos Pereira (Republicanos) nesse primeiro momento", contou.

Questionado sobre qual seria o "preço" para eventualmente retirar sua candidatura, sugeriu que está na negociação a pauta da anistia. "Eu espero que a gente paute, esta semana, a anistia Eu espero que os presidentes da Câmara e do Senado cumpram aquilo que eles prometeram para nós, quando eram candidatos ainda, de que pautariam a anistia, e deixar o 'pau cantar' no voto no plenário", disse.

Perguntado objetivamente se a anistia é o preço de sua candidatura, Flávio respondeu: "Tá quente, tá quente. Está começando a ficar quente". Questionado novamente em outro momento sobre a anistia ser o preço, disse: "Não é só isso, não, mas tá indo bem".

Ao ser provocado sobre sua estratégia para atrair partidos de centro e da centro-direita, respondeu que o plano é simples: quer reunir aqueles que acreditam que ele será o vencedor e que defendem o melhor projeto para o País. Segundo Flávio, este é o momento de cada liderança mostrar quem realmente está ao lado dele e "demonstrar lealdade ao Brasil".

O senador disse também que o eventual candidato a vice-presidente na sua chapa será definido "lá na frente". Flávio salientou que o momento é de tratativas e de consolidar o projeto, conversando com pessoas dentro da política.

O senador detalhou ainda que a decisão de lançar sua pré-candidatura não foi tomada apenas na última sexta-feira 5. Segundo ele, as conversas com o ex-presidente Bolsonaro, preso na Superintendência da Polícia Federal em Brasília desde 22 de novembro, vinham ocorrendo há bastante tempo, e o pai já havia sondado em outras ocasiões se ele toparia colocar seu nome na disputa, ciente das dificuldades.

Flávio disse que sempre respondeu que tudo estava "na mão de Deus" e que Bolsonaro entendeu que era o momento adequado após a reunião que tiveram e depois de consultar outras pessoas. Por isso, a decisão foi formalizada na semana anterior. Ele encontrará o pai na próxima terça-feira, 9.

"Primeiro, mostrar para ele como, ao colocar o meu nome para disputar a Presidência da República com a aquiescência dele, eu vou explicar que era isso que a nossa militância, em primeiro lugar, estava esperando", disse Flávio. "Estava todo mundo de cabeça baixa, e isso elevou a moral de todo mundo, reacendeu uma chama que estava apagada."

Flávio disse na sexta-feira, 5, ter sido designado pelo seu pai para disputar a Presidência da República em 2026. "É com grande responsabilidade que confirmo a decisão da maior liderança política e moral do Brasil, Jair Messias Bolsonaro, de me conferir a missão de dar continuidade ao nosso projeto de nação", escreveu, na rede social X.

Bolsonaro cumpria prisão domiciliar desde 4 de agosto e foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em 12 de setembro, a 27 anos e três meses de prisão, no âmbito do inquérito da trama golpista. A Corte determinou o trânsito em julgado e o ex-presidente já cumpre a pena definitiva. Ele teve práticas enquadradas em cinco crimes, entre eles, o de tentativa do golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

Política

Flávio Bolsonaro tem o pior desempenho contra Lula entre nomes da direita

O índice de rejeição aos governadores fica, em geral, na casa dos 20% enquanto a dos Bolsonaros supera os 35%.

07/12/2025 07h30

Divulgação

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O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) é o nome da direita cotado para disputar a Presidência da República em 2026 com pior desempenho em um eventual segundo turno contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mostrou pesquisa Datafolha divulgada ontem.

Conforme o levantamento, nomes da família Bolsonaro também têm maior rejeição do eleitor do que governadores situados no campo da direita. O índice de rejeição aos governadores fica, em geral, na casa dos 20% enquanto a dos Bolsonaros supera os 35%.

Caso disputasse a presidência, Flávio Bolsonaro, que anunciou anteontem pré-candidatura ao Palácio do Planalto, ficaria 15 pontos atrás do petista na disputa de um eventual segundo turno. Flávio marcaria 36% dos votos, enquanto Lula teria 51%. Os votos brancos e nulos somariam 12%. A margem de erro é de 2 pontos para mais ou para menos. O filho de Jair Bolsonaro (PL) é rejeitado por 38% dos entrevistados na pesquisa.

O desempenho de Flávio seria semelhante ao de outros membros da família Bolsonaro. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) teria 35% das intenções de voto em um segundo turno contra o atual presidente, enquanto a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) teria 39%.

Na margem de erro, os três estão praticamente empatados na rejeição pelos entrevistados pelo Datafolha: 37% disseram que não votariam de jeito nenhum em Eduardo, enquanto 35% afirmaram o mesmo sobre Michelle.

Segundo a pesquisa, a rejeição a Lula chega a 44%. Caso pudesse disputar as eleições do próximo ano, Jair Bolsonaro seria o candidato com o maior índice de reprovação, 45%.

Atualmente, o ex-presidente está inelegível por ter sido condenado por ter tramado um golpe após ter sido derrotado por Lula nas eleições de presidenciais de 2022.

GOVERNADORES

Em termos de potencial de votação, Lula mostra maior vantagem sobre os candidatos da família Bolsonaro, mas, de acordo com a pesquisa, a vitória no segundo turno seria mais apertada contra os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e do Paraná, Ratinho Jr. (PSD).

Em um eventual segundo turno, o petista venceria o atual governador de São Paulo com 47% dos votos ante 42% de Tarcísio. Segundo o Datafolha, numa simulação com os nomes de Lula e Ratinho Jr., o atual mandatário teria 47% dos votos, enquanto o governador do Paraná teria 41%. Considerando a taxa de rejeição, o índice de Tarcísio de Freitas é de 20%, superior à do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), que registra 18%, e inferior às de Ratinho Jr, do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo). Tanto Ratinho Jr. quanto Zema têm 21% de rejeição.

O Datafolha ouviu 2.002 eleitores de terça a quinta-feira, antes portanto do anúncio de Flávio. O levantamento foi feito em 113 municípios e entrevistou eleitores acima de 16 anos. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos. Lula manteve a vantagem em relação aos adversários, considerando a pesquisa anterior do instituto, de julho.

E COMO FICA O PT?

O líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), disse ontem que a direita está "sem bússola" desde a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e o ex-mandatário "está certo" ao escolher o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) como seu pré-candidato ao Planalto.

"A divisão da direita fortalece o nosso campo. Com uma coisa dessa, Tarcísio vai deixar o governo de São Paulo? Acho difícil. Quem quer tudo termina sem nada", disse Guimarães.

"Eles estão sem bússola com a prisão de Bolsonaro. Não existe uma liderança da direita que os unifique. Bolsonaro não quer protagonismo de Tarcísio."

O líder o governo mencionou ainda o que ele considerou outras "contribuições" da oposição ao governo Lula. "Lá (no Ceará) Michelle foi e deu uma grande contribuição", afirmou, em referência ao episódio em que a ex-primeira-dama foi ao palanque do pré-candidato ao governo do Estado Eduardo Girão (Novo) e fez críticas a Ciro Gomes (PSDB), também pré-candidato ao cargo, que estava acertando uma aliança com o PL cearense. Após as críticas de Michelle, a aliança entre o PL e o PSDB no Ceará saiu dos trilhos.

Guimarães definiu o RJ, SP e MG como os Estados cruciais para o PT na eleição de 2026. No Rio de Janeiro, a aliança do PT já está fechada. O partido lançará a deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ) ao Senado e apoiará a candidatura do prefeito da capital, Eduardo Paes (PSD), ao governo do Estado.

Nos outros dois Estados, a situação é incerta. Em SP, o PT poderá lançar o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para a disputa do Palácio dos Bandeirantes, ou apoiar o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB). Em Minas Gerais, o PT ainda está em busca de uma aliança para definir o nome que apoiará na disputa.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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