Cidades

MAIS UMA VÍTIMA

Após marcha em defesa das mulheres, Capital anota 39° feminicídio de MS

Ato em Campo Grande pela vida delas começou às 09h de ontem (07), com vítima de 53 anos esfaqueada na barriga pelo companheiro na manhã desta segunda (08)

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Menos de 24 horas após Campo Grande unir-se ao "Levante Mulheres Vivas", pelo direito à vida delas e pela responsabilização das plataformas digitais, mais uma mulher foi morta pelo ex-companheiro em Campo Grande, na manhã de hoje (08), fazendo Mato Grosso do Sul registrar o 39° feminicídio de 2025 até então. 

Este crime nesta segunda-feira (08) aconteceu no número 97 da Rua Antônio Pinto da Silva, que fica localizada no bairro Taveirópolis na Capital de Mato Grosso do Sul, vitimando uma mulher de 54 anos, empresária da região, identificada como Ângela Naiara Guimarães Gurgel.

Justamente o convivente, Leonir Gurgel, um homem de 59 anos, seria o responsável por golpear a 39º vítima de feminicídio na barriga com um canivete, atingindo inclusive a filha do casal, de 27 anos, no ocorrido. 

Esse indivíduo ainda teria usado o mesmo canivete para golpear o próprio pescoço, sendo socorrido por equipes do Corpo de Bombeiros com vida e levado até a Santa Casa de Campo Grande. 

Enquanto o estado de saúde desse homem é descrito como estável, a filha do casal, que tentou separar as agressões do pai contra a mãe, teria sido atingida apenas na mão, estando fora de maiores riscos. 

Com toda a quadra interditada, a retirada do corpo dessa 39° vítima de feminicídio no MS em 2025, por parte da funerária Nipo Brasileira, aconteceu por volta de 10h50, com o local preservado por viaturas das polícias Civil, Militar e Científica. 

Cronologia feminicídios em MS 

primeiro feminicídio de 2025 aparece como sendo sendo a morte de Karina Corin, de 29 anos, nos primeiros dias de fevereiro, baleada na cabeça pelo ex-companheiro, Renan Dantas Valenzuela, de 31 anos. 

Já o segundo feminicídio deste ano em MS foi a morte de Vanessa Ricarte, esfaqueada aos 42 anos, por Caio Nascimento, criminoso com passagens por roubo, tentativa de suicídio, ameaça, além de outros casos de violência doméstica contra a mãe, irmã e outras namoradas.

No terceiro caso de 2025, a vítima foi Juliana Domingues, de 28 anos, assassinada com golpes de foice pelo marido, na noite do dia 18 de fevereiro, na comunidade indígena Nhu Porã, em Dourados, município localizado a 226 quilômetros de Campo Grande.

Quatro dias depois, no dia 22 de fevereiro, Mirieli dos Santos, de 26 anos, foi a quarta vítima do ano, morta a tiros pelo ex-namorado, Fausto Junior, no município de Água Clara - localizado a 193 km de Campo Grande.

No dia seguinte, Emiliana Mendes, de 65 anos, foi morta no município de Juti, localizado a 310 km de distância de Campo Grande. A vítima foi brutalmente atacada pelo suspeito, que, após esganá-la, arrastou seu corpo até uma residência e colocou em cima de um colchão, a fim de simular uma eventual morte natural. 

O sexto caso de feminicídio registrado em 2025 foi o de Giseli Cristina Oliskowiski, morta aos 40 anos, encontrada carbonizada em um poço no bairro Aero Rancho, em Campo Grande. O crime aconteceu no dia 1º de março;

O sétimo aconteceu em Nioaque e trata-se do feminicídio de Alessandra da Silva Arruda, em 29 de março, morta aos 30 anos por Venilson Albuquerque Marques, preso em flagrante horas depois convertida posteriormente para preventiva.

Já o oitavo feminicídio foi o de Ivone Barbosa da Costa Nantes, morta a golpes de faca na região da nuca pelas mãos do então namorado no assentamento da zona rural de Sidrolândia batizado de Nazareth, em 17 de abril. 

nono caso foi registrado com o achado do corpo de Thácia Paula Ramos de Souza, de 39 anos, encontrado na tarde do dia 14 de maio, no Rio Aporé, em Cassilândia-MS, segundo divulgado pela Polícia Civil. De acordo com as informações, o crime aconteceu no dia 11 de maio. 

Já o décimo caso, foi o de Simone da Silva, de 35 anos, na noite do dia 14 de maio, morta a tiros na frente dos próprios filhos por William Megaioli da Silva, de 22 anos, que se entregou à polícia ainda com a arma em mãos. 

No 11º feminicídio de Mato Grosso do Sul, a vítima foi Olizandra Vera Cano, de 26 anos, que foi assassinada com golpes de faca no pescoço pelo marido de 32 anos, no dia 23 de maio. O autor acabou preso em flagrante, na cidade de Coronel Sapucaia, a 395 quilômetros de Campo Grande.

O 12º caso aconteceu no dia 25 de maio, no Hospital Regional de Nova Andradina, e vitimou Graciane de Sousa Silva, que foi vítima de diversas agressões durante quatro dias seguidos, na cidade de Angélica, distante aproximadamente 275 quilômetros de Campo Grande.

Seguindo a sequência, Vanessa Eugênia Medeiros, de 23 anos, e a filha Sophie Eugênia Borges, de apenas 10 meses, foram as 13ª e 14ª  vítimas de femicídio, em Mato Grosso do Sul. As duas foram mortas e queimadas no dia 26 de maio, no bairro São Conrado, em Campo Grande. O autor do crime, João Augusto Borges, de 21 anos, que era marido de Vanessa e pai de Sophie confessou o duplo homicídio, e afirmou que o cometeu pois Vanessa queria se separar e ele não queria pagar pensão para a filha.

Já a 15ª morte por feminicídio em Mato Grosso do Sul neste ano, foi a de Eliane Guanes, de 59 anos, que foi queimada viva pelo capataz Lourenço Xavier, de 54 anos. De acordo com as informações, ele jogou gasolina no corpo de Eliane e ateou fogo na mulher, em fazenda na região da Nhecolândia, no Pantanal de Corumbá, onde os dois trabalhavam. O crime aconteceu na noite do dia 6 de junho.

Doralice da Silva, de 42 anos, foi a 16ª vítima de 2025, morta a facadas no dia 20 de junho, após uma discussão com o companheiro Edemar Santos Souza, de 31 anos, principal suspeito. O crime ocorreu na Rua dos Pereiras, na Vila Juquita, em Maracaju, a cerca de 159 quilômetros de Campo Grande.

A 17ª vítima foi  Rose Antônia de Paula, foi encontrada morta e praticamente decapitada, em uma casa em Costa Rica no dia 28 de junho. Rose era moradora de Bonito e pretendia retornar para a cidade no dia do crime. Entretanto, vizinhas estranharam o fato de ela não ter aparecido para tomar café em uma lanchonete que costumava frequentar. Pouco tempo depois, ela foi encontrada morta.

No dia 4 de julho, a 18ª vítima foi Michely Rios Midon Orue, de 48 anos, morta a facadas pelo próprio filho, de 21 anos, que era esquizofrênico. O crime aconteceu no município de Glória de Dourados, distante aproximadamente 260 quilômetros de Campo Grande. A vítima foi morta com pelo menos cinco facadas, sendo o golpe fatal desferido na região da jugular.

O 19° caso aconteceu no dia 25 de julho, com a morte de Juliete Vieira, de 35 anos, que foi esfaqueada pelo irmão, Edivaldo Vieira, de 41 anos. O crime aconteceu na cidade de Naviraí, distante aproximadamente 359 quilômetros de Campo Grande. 

Na sequência da estatística dos feminicídios registrados desde o início, a 20.ª vítima foi a professora Cinira de Brito, morta por Anderson Aparecido de Olanda, de 41 anos, que esfaqueou a companheira com dois golpes na perna, três no abdômen e depois tirou a própria vida. 

Já a 21ª vítima de feminicídio em 2025 foi Salvadora Pereira, de 22 anos, assassinada com tiro no rosto pelo então companheiro, José Cliverson Soares, 32 anos, na frente de cerca de cinco crianças com idades entre dois e oito anos. 

Depois, o 22° caso de feminicídio foi a morte de Dahiana Ferreira Bobadilla, morta aos 24 anos por Dilson Ramón Fretes Galeano, de 41 anos, que fugiu após enterrar o corpo em cova rasa às margens do Rio Apa, em Bela Vista. 

Já a 23ª vítima de feminicídio em 2025 no Mato Grosso do Sul foi Letícia Araújo, de 25 anos, atropelada de propósito pelo marido, Vitor Ananias, 25, como registrado pelas câmeras de segurança da região. 

Após ser mantida em cárcere privado pelo então marido, Érica Regina Mota, de 46 anos, foi a 24ª vítima de feminicídio em 2025 no Mato Grosso do Sul, morta a facadas por Vagner Aurélio, de 59 anos, preso em flagrante poucas horas depois. 

O 25° feminicídio registrado foi o de Dayane Garcia, de 27 anos, que morreu na Santa Casa de Campo Grande depois de passar 77 dias internada, após ser ferida a tiros pelo ex-marido Eberson da Silva, de 31 anos, ainda em 18 de junho. 

O 26° caso foi o de Iracema Rosa da Silva, morta aos 75 anos em Dois Irmão do Buriti, por defender a filha do genro que cometia violência doméstica.

Caso confirmado, o 27° feminicídio será o de Gisele da Silva Saochine, morta aos 40 anos pelo marido no quintal de casa. Em seguida, ele a arrastou para o quarto e a incendiou. Depois, foi para o carro que estava na garagem, e colocou fogo em si mesmo, morrendo carbonizado.

28° foi o de Ana Taniely Gonzaga de Lima, de 25 anos, morta em Bela Vista, pelo ex que não aceitava o fim do namoro. Inconformado com o fim da relação, ele passou a insistir em uma reconciliação, até que encontrou a vítima e a agrediu com golpes de faca e também com um pedaço de madeira, causando ferimentos graves que resultaram em sua morte.

A 29ª vítima foi  Erivelte Barbosa Lima de Souza, de 48 anos, que foi esfaqueada pelo marido Adenilton José da Silva Santos, de 30 anos, em Paranaíba. Adenilton José da Silva Santos foi preso em flagrante e levado à delegacia do município. Durante o interrogatório, ele confessou o crime e contou que não conseguia lembrar o que o levou à prática, já que estava embriagado.

A 30ª vítima foi Andreia Ferreira, de 40 anos, assassinada a tiros pelo marido Carlos Alberto da Silva. Irritado após discussão do casal, Carlos usou a arma que tinha em casa para disparar contra a mulher. O homem ficou foragido, mas foi preso uma semana após o ocorrido no dia 12 de outubro.

Solene Aparecida Ferreira Corrêa, de 46 anos, foi a 31ª vítima de feminicídio. Ela foi encontrada morta no chão de sua casa, com marcas de violência e sinais de enforcamento. O caso aconteceu em Três Lagoas e a suspeita pela morte era sua companheira, identificada como Laura Rosa Gonçalves, que foi presa em flagrante.

Luana Cristina Ferreira Alves, de 32 anos, foi a 32ª vítima de feminicídio em Mato Grosso do Sul. Ela foi morta a facadas no Jardim Colúmbia, em Campo Grande, na noite do dia 28 de outubro.

O 33° caso foi de Aline Silva no dia 04 de novembro, morta a facadas na frente da mãe e da filha, após se recusar a ter um relacionamento amoroso com o homem.

Já o 34° caso foi o da mulher de 43 anos, morta a facadas em Aparecida do Taboado, identificada depois como Mara Aparecida do Nascimento Gonçalves

Por fim, As vítimas do 35° e 36° feminicídios de 2025 tratam-se de um caso da mesma família, em que Rosimeire Vieira de Oliveira, de 37 anos e sua mãe, Irailde Vieira Flores de Oliveira, de 83 anos, foram mortas à facadas durante a madrugada, pelo ex-namorado de Rosimeire. 

Morta enforcada pelo companheiro na noite de segunda-feira (17 de novembro), Gabrielle Oliveira dos Santos, de 25 anos, é a 37ª vítima de feminicídio do ano, crime que ocorreu na chácara onde o casal morava, em Sonora, município localizado no extremo norte de Mato Grosso do Sul.

Faltando quase um mês para o Natal, em 24 de novembro Mato Grosso do Sul chegou ao 38° registro de feminicídio de 2025, último caso até então, quando a ex-guarda municipal Alliene Nunes Barbosa, de 50 anos, foi morta em Dourados esfaqueada pelo ex-marido, Cristian Alexandre Cebeza Henrique.

Agora, Ângela Naiara Guimarães Gurgel, esfaqueada com canivete na barriga pelo próprio marida, figura como o 39° feminicídio de 2025 no Mato Grosso do Sul.

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MATO GROSSO DO SUL

Ex-vereador assume superintendência na Casa Civil

A nomeação foi publicada em resolução da Secretaria de Estado de Governo com efeito imediato

08/12/2025 10h30

Athayde coleciona quatro mandatos como vereador em Campo Grande e presidiu a Fundação Municipal de Cultura entre 2010 e 2011

Athayde coleciona quatro mandatos como vereador em Campo Grande e presidiu a Fundação Municipal de Cultura entre 2010 e 2011 Reprodução: Redes Sociais

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O governo de Mato Grosso do Sul oficializou, nesta sexta-feira (5), o retorno de Athayde Nery de Freitas Júnior, 61 anos, ao quadro da administração estadual. Ele passa a ocupar o cargo de Superintendente I da Secretaria de Estado da Casa Civil, função estratégica que envolve articulação política e apoio direto às demandas internas da pasta.

A nomeação foi publicada em resolução da Secretaria de Estado de Governo (Segov), com efeito imediato. Athayde assume a vaga deixada por Fábio Alexandre de Castro, exonerado no fim de novembro. O cargo é de confiança, com símbolo CCA-04, conforme previsto na Lei nº 6.036/2023.

Com trajetória reconhecida na política e na área cultural, Athayde coleciona quatro mandatos como vereador em Campo Grande. Também tem passagem pela direção estadual do então PPS (Partido Popular Socialista), atual Cidadania, e atualmente é filiado ao PSDB. Nas eleições municipais de 2024, tentou voltar à Câmara da Capital, mas obteve apenas 2.272 votos.

Além da atuação política, Athayde mantém carreira como poeta e escritor, tendo lançado obras como Estrelas Líquidas. É filho do desembargador aposentado Athayde Nery de Freitas, que morreu em 2021, aos 90 anos, e que também teve relevância política em Corumbá.

Com a chegada à superintendência da Casa Civil, Athayde retorna à gestão pública em uma função que exige interlocução permanente com diferentes setores do governo e acompanhamento de pautas estratégicas do Executivo.

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CAMPO GRANDE

Táxis que completaram 10 anos poderão rodar por mais 6 meses

Medida tem caráter excepcional e temporário, com vigência limitada ao exercício de 2026

08/12/2025 10h20

Marcelo Victor

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Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) prorrogou o tempo de vida útil dos táxis de Campo Grande.

Os táxis que completaram 10 anos – idade limite – poderão rodar por mais 6 meses em ruas e avenidas da Capital. Após esse período, o veículo deve ser trocado.

A medida tem caráter excepcional e temporário, com vigência limitada ao exercício de 2026.

Durante o período de prorrogação:

  • Os veículos beneficiados deverão passar por vistoria técnica a cada dois meses, para verificação das condições do veículo
  • A reprovação em vistoria implicará imediata retirada do veículo de circulação como táxi, sem prejuízo do alvará do permissionário, que poderá substituí-lo por outro veículo em conformidade com a legislação
  • As vistorias deverão ser agendadas e registradas em sistema próprio da Agetran

Estima-se que, em Campo Grande, há cerca de 23 veículos de táxi com 10 anos.

A portaria nº 04, autorizando a prorrogação, foi publicada no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande) nesta segunda-feira (8).

A decisão leva em consideração:

  • a dificuldade econômica do País, marcada por taxas de juros elevadas que dificultam a substituição imediata da frota
  • o pedido do Sindicato dos Taxistas (SINTAXI-MS), solicitando a prorrogação da vida útil dos veículos que completaram 10 anos em 2025
  • a necessidade de preservar a continuidade e qualidade do serviço público de transporte individual de passageiros, sem prejuízo à segurança viária

Táxi, automóvel destinado ao transporte de passageiros e provido de taxímetro, foi monopólio até março de 2015 em Campo Grande. Com a chegada do transporte por aplicativo, concorre com Uber, 99 POP, Indrive e Urban há 10 anos consecutivos.

Desde então, o número de alvarás e o movimento caíram proporcionalmente à chegada do transporte por aplicativo na Capital e interior.

De acordo com o presidente do sindicato dos taxistas, Flávio Panissa, existem 400 alvarás de táxis ativos em Campo Grande no ano de 2025. Na Capital, o veículo é padronizado da cor branca.

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