Cidades

CORONAVÍRUS

Defensoria pede que Justiça determine lockdown em Campo Grande por risco de colapso

Órgão quer fechamento de atividades não essenciais devido ao aumento de casos e risco de colapso na Saúde

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Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul entrou com ação civil pública na Justiça, pedindo a determinação de lockdown em Campo Grande, em até 48 horas, devido ao avanço do coronavírus, com aumento de casos, mortes e taxa de ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), que beiram o colapso.

Campo Grande tem, até esta terça-feira (4), 11.213 casos confirmados de Covid-19 e está classificada como grau de risco extremo para a doença no Programa Prosseguir, do governo do Estado.

Em petição, o defensor público-geral Fábio rogério Rombi da Silva cita que, no início da pandemia, o município adotou medidas severas de restrição, que surtiram efeito, mas começou em meados de abril, após a adoção da política de flexibilização, os casos começaram a aumentar.

Além disso, ele critica o prefeito Marcos Trad (PSD) pelo último decreto, que permitiu a reabertura de todas as atividades após dois fins de semana de restrições, em meio ao aumento exponencial de casos.

“Justamente agora, no pior momento vivido até então na crise sanitária instalada -, quando se esperava uma atitude mais enérgica do prefeito, ou seja, que ele próprio decretasse o lockdown, surpreendentemente o município expediu decreto flexibilizando ainda mais as já insuficientes medidas anteriormente tomadas”, diz a petição.

Ainda segundo a defensoria, muitos infectados apresentam sintomas que precisam de internação em leitos clínicos e de UTI e, quanto maior o número de casos, maior será a proporção dos que precisarão desses leitos, que já estão com taxa de ocupação acima de 90% e a beira do colapso.

“Significa que em questão de poucos dias os escassos leitos remanescentes serão ocupados e a partir daí muitas vidas perecerão por falta de assistência. Campo Grande, caso não haja uma radical mudança de rumo, caminha para vivenciar justamente esse caos de vida e de morte”.

Sem vacina até então, Defensoria cita estudo que aponta que o distanciamento social é uma das principais intervenções não-farmacológicas para diminuição da taxa de transmissão do vírus e, por isto, a necessidade de restrições de circulação.  

Além disso, ele volta a citar que, com as atividades não essenciais abertas, as pessoas "tendem a sair de casas e circular pela cidade", aumentando assim a circulação do vírus e risco de contágio.

“Há que se considerar que qualquer medida restritiva tomada agora surtirá efeitos positivos somente ao cabo de duas a três semanas, que é para quando os modelos matemáticos apontam que o sistema efetivamente colapsará. Portanto, agora é o momento exato para a intervenção”, diz.

Dessa forma, a Defensoria pede que a Justice determine, em caráter liminar, o bloqueio total de atividades comerciais e sociais não essenciais pelo prazo de 14 dias em Campo Grande.

Também é pedida que a circulação de veículos particulares seja restringida exclusivamente para deslocamento ao trabalho de pessoas ligadas as atividades essenciais ou para compra de itens médicos ou alimentícios; limitação do funcionamento do transporte público para funcionários de atividades essenciais e pessoas que precisem de atendimento médico.  

Por fim, Defensoria quer que o município use todo o efetivo da Guarda Municipal e servidores da área de fiscalização para fiscalizar o cumprimento do lockdown, com punição para quem descumprir as regras.  

Decisão ficará a cargo do juiz de uma das Varas de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos. 

Antigo Twitter

Juiz de MS livra empresa de Elon Musk de pagar R$ 190 milhões

Pedido da Adecon-MS para indenizar consumidores pela eliminação da verificação em duas etapas no X não foi aceito por magistrado de Campo Grande

28/11/2024 04h25

Elon Musk comprou o Twitter e mudou de nome para X

Elon Musk comprou o Twitter e mudou de nome para X Arquivo

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O juiz da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos de Campo Grande, Marcelo Ivo de Oliveira, rejeitou o pedido da Associação de Defesa do Consumidor de Mato Grosso do Sul (Adecon-MS) que pleiteava uma indenização de R$ 190 milhões do X, antigo Twitter, rede social do bilionário Elon Musk.

A sentença, assinada na terça-feira, veio oito meses após o ajuizamento da ação, que ocorreu em março. O magistrado discordou da Adecon-MS e também do Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul (MPMS), entendendo que o fim da autenticação em duas etapas para a verificação do usuário ao conectar na plataforma não deixou os usuários do X desamparados no que se refere à segurança.

Quando Elon Musk adquiriu o Twitter, a autenticação em duas etapas, oferecida gratuitamente na maioria das redes sociais, passou a ser paga. O serviço foi incluído no pacote Twitter Blue, disponível mediante assinatura.

O juiz Marcelo Ivo de Oliveira destacou a existência de métodos alternativos de autenticação.

“Mesmo o requerido [X] tendo passado a cobrar por um serviço, não colocou a segurança dos usuários em risco, uma vez que a rede social ainda permite que os usuários ativem a autenticação de dois fatores [2FA] por outros métodos, tais como aplicativos de autenticação, como Google Authenticator, Microsoft Authenticator, Authy, Duo Mobile e 1Password, os quais são seguros, gratuitos e simples de serem utilizados”, afirmou o magistrado.

Ainda cabe recurso da decisão do juiz de Campo Grande. Quando o X apresentou sua defesa, em abril, a rede social de Elon Musk ainda não havia fechado seu escritório no Brasil. Em maio, para não cumprir decisões do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o X Brasil fechou suas operações no País. Posteriormente, por conta da desobediência à ordem judicial, a plataforma foi retirada do ar no Brasil nos meses de setembro e outubro, até que a decisão fosse cumprida.

Entenda o caso

A Adecon-MS ajuizou a ação civil pública no dia 22 de março. Na ocasião, a associação alegou que a demanda surgiu com a implantação do serviço Twitter Blue (ou X Blue) no Brasil e o fim da verificação em duas etapas oferecida de forma gratuita.

O serviço começou a ser oferecido em 20 de março de 2023, com assinatura mensal de R$ 60. A Adecon-MS e o MPMS entendem que, ao restringir a autenticação em duas etapas apenas para assinantes do Twitter Blue, a rede social viola o direito do consumidor, deixando os usuários não pagantes mais vulneráveis a clonagens e a ataques de hackers.

“O que causa maior revolta na nova política de segurança da requerida é que a citada autenticação sempre foi disponibilizada para todos os usuários do Twitter e agora, apenas quem tiver condições de pagar o plano Blue é que terá a manutenção de sua segurança na plataforma requerida”, argumentou a Adecon-MS na ação.

A associação também afirmou que os custos com a segurança do usuário deveriam ser arcados pela empresa de Elon Musk, e não transferidos ao consumidor.

“A segurança dos consumidores durante o uso da plataforma da requerida [X] é parte típica e essencial do negócio, risco da própria atividade empresarial que visa o lucro e integrante do investimento necessário que deve ser aportado pela requerida”, defendeu a entidade.

A Adecon-MS estimou o valor da indenização por danos morais coletivos em R$ 10 por usuário do X no Brasil. Segundo um relatório divulgado pela empresa no ano passado, a plataforma tem aproximadamente 19 milhões de usuários no País, justificando o pedido de R$ 190 milhões em indenização.

Por se tratar de uma ação civil pública, a associação praticamente não corre risco de arcar com honorários sucumbenciais em caso de derrota, o que contribui para a justificativa do pedido de alto valor.

Em parecer, o MPMS divergiu da defesa do X Brasil, afirmando que a causa envolve direitos difusos e coletivos, por conta da indivisibilidade do interesse e da proteção de consumidores futuros e virtuais.

O promotor de Justiça Luiz Eduardo Lemos de Almeida destacou que, antes da introdução do Twitter Blue, a autenticação de dois fatores era gratuita e incentivada pela empresa, tornando a cobrança por esse serviço uma violação dos direitos do consumidor.

“O dano moral coletivo não precisa ser irrefutavelmente comprovado, pois a lesão decorre imediatamente dos eventos lesivos”, argumentou o promotor, que considerou o pedido de R$ 190 milhões “irrazoável” e sugeriu que a indenização fosse fixada em R$ 10 milhões.

O MPMS também recomendou que, em caso de condenação, a indenização fosse destinada ao Fundo Estadual de Defesa dos Direitos dos Consumidores, e não ao Fundo de Defesa dos Direitos Difusos, conforme solicitado pela Adecon-MS. Nenhuma das solicitações foi atendida, e o magistrado rejeitou o pedido. Agora, cabe recurso à segunda instância.
 

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Polícia

Homem é preso após ser condenado por estuprar a própria enteada em MS

O nome da vítima e a cidade, não foram divulgados pela Polícia Civil em proteção da vítima e seus familiares.

27/11/2024 18h30

Agentes do Dracco participaram da ação

Agentes do Dracco participaram da ação Fotos: PCMS

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Homem de 35 anos, foi preso pelos agentes do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco) nesta quinta-feira (27), após ser condenado de estuprar a própria enteada em Mato Grosso do Sul. A identidade e a cidade, não foram divulgados pela Polícia Civil para proteger da vítima e seus familiares.  
 
Conforme informações policiais, a vítima tinha diversos registros criminais em seu nome, entre elas uma condenação definitiva por roubo qualificado, além de ser denunciado por estuprar a própria enteada. 

Diante das informações criminosas, um mandado de prisão foi expedido e o criminoso foi localizado e preso. Ele se encontra à disposição da Justiça. 
 

Agentes do Dracco participaram da ação Fotos: PCMS

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